Brazil – 26 Jan 2012 –
“Sair do lixão foi uma oportunidade, e se tirarem a gente agora, o que será de nós? Uma pena, uma pena”.
A frase é de Sandra Araújo (Jornal de Londrina de hoje), presidente da Coocepave, primeira cooperativa de catadores de lixo reciclável de Londrina, ameaçada de perder o contrato com a Prefeitura por questões burocráticas, as mesmas questões que outra cooperativa, que serve aos interesses de uma empresa particular, não pôde cumprir e mesmo assim foi contratada.
A Coocepave dá emprego a 160 pessoas.
A Prefeitura tem dados sinais claros de que poderá contratar uma empresa para fazer a coletiva seletiva, dispensando assim as cooperativas, de toda a cidade. Ou de pelo menos uma parte dela, no lugar da Coocepave.
“Enfrentamos o medo de sair do lixão para começar a história da reciclagem em Londrina. Hoje falam com frieza em terceirizar. Somos uma cambada de miseráveis passando fome e vendo nossos filhos se transformando em bandido” (Idem Sandra, idem Jornal de Londrina).
Por que a proteção a uma cooperativa, que se formou violando exigências (um de seu diretor jamais foi catador de lixo reciclável) e a serviço de uma empresa, que cedeu os caminhões, e cujo credenciamento foi questionado por fiscais da própria CMTU?
E por que a outra, pioneira, formada por gente simples e de autênticos recicladores, está tendo prejuízos, ameaçada de paralisar suas atividades e deixar sem renda 160 pessoas?
Tem algo estranho, muito estranho nisso. Ler o artigo original
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