Aos catadores de materiais recicláveis e aliados,
É nosso orgulho compartilhar com vocês a 14ª edição do informativo da Aliança Global de Catadores “Não Há Fronteiras para Aqueles que Lutam”.
Devido a razões técnicas, está sendo enviado com meses de atraso. Obrigado pela sua paciência.
Neste boletim informativo
Ásia
América Latina
África
Europa
América do Norte
Ásia
Catadores e catadoras são essenciais para a gestão de resíduos sustentável e bem-sucedida. (Índia) por Safai Sena (08/09/2015)
A Safai Sena, um grupo registrado de 12 mil catadores e catadoras, coletores de materiais recicláveis de porta em porta, pequenos compradores e itinerantes, pequenos negociantes de lixo e outros tipos de catadores, enviaram uma carta de conteúdo intenso ao Sri. Prakash Javdekar, Ministro do Meio Ambiente, Floretas e Mudanças Climáticas. A entidade exige que as Regras de Gestão de Resíduos Sólidos de 2015 devem levar em consideração os serviços de 2 milhões de catadores e catadoras do país, que são uma parte integral da gestão de resíduos sólidos, e mantêm as cidades limpas e impedem que sejamos tomados pelo nosso próprio lixo. Embora os papéis deles sejam mencionados no projeto das regras, seus meios de subsistência ainda correm risco, já que o Governo está disposto a promover usinas de transformação de lixo em energia em toda a Índia, e elas competem pelos mesmos resíduos reciclados pelos catadores e catadoras – e essas usinas poluem muito o meio ambiente. Há mais de 150 mil pessoas em Déli envolvidas na reciclagem – por meio da coleta, triagem, etc. – e elas reciclam de 20 a 25% do lixo de áreas urbanas. Elas poupam 3,6 vezes mais gases causadores do efeito estufa do que qualquer projeto receptor de créditos de carbono na Índia. Ler a publicação completa.
117 filhos de catadores e catadoras ganham bolsas de estudo do governo (Índia) por Hasiru Dala (06/23/2015)
117 filhos de catadores e catadoras de Bangalore receberam bolsas de estudo no valor de INR (rupias) 216.450. O programa de bolsas de estudo foi iniciado pelo Ministério da Justiça Social e Empoderamento e é válida para todos os alunos em pré-matrícula que são filhos de pais que trabalham no “setor do lixo”. Quando o programa de bolsas foi lançado, o governo não incluiu a coleta de resíduos como uma ocupação aceitável para as bolsas. Os esforços consistentes da Aliança de Catadores e Catadoras da Índia levaram à inclusão da profissão nos critérios. Várias organizações em toda a Índia vêm tentando a inclusão nos níveis estadual e municipal. Em Kamataka, foram os esforços da Hasiru Dala que obtiveram sucesso. A Hasiru Dala facilitou o pedido de bolsas de estudo de 224 crianças, entre as quais 117 as receberam no valor de INR 1850 por criança. A bolsa de estudos vale para todas as crianças estudando em escolas públicas ou particulares. Ler o artigo completo (em inglês).
Os catadores e catadoras de Pimpri-Chinchwad vencem a batalha do salário mínimo (Índia) por Hasiru Dala (06/27/2015)
Os membros da KKPKP – um sindicato de catadores e catadoras – vêm prestando serviços de gestão de resíduos para os residentes de Pimpri Chinchwad, na Índia, há anos. A Prefeitura de Pimpri Chinchwad desprezou seus serviços ao não aderir à Lei do Salário Mínimo, o que causou certa revolta entre os catadores. Eles protestaram e se reuniram com os representantes eleitos. Além disso, a KKPKP abriu um processo na Secretaria do Trabalho em julho de 2013 pedindo a obrigatoriedade de salários mínimos para catadores e catadoras. Enquanto as audiências e análises do caso ocorriam, os membros continuaram a lutar pelos seus direitos, além de pedir por contratos mais justos. Em resposta ao esclarecimento pedido pelos procedimentos do processo, Shri Hendre, Comissário Adicional da Secretaria do Trabalho, declarou que a Prefeitura deve pagar até dez vezes o valor devido aos catadores como pena por não aderir à Lei do Salário Mínimo. Então, a Prefeitura foi obrigada a agir: eles não apenas publicaram novos editais com disposições incluindo Salários Mínimos que serão pagos em um mês, mas também se comprometeram a fazer pagamentos parciais como uma medida provisória para mitigar os danos sofridos pelos catadores e catadoras. O pagamento parcial relativo a 12 meses de trabalho, dos 32 totais trabalhados, foi transferido para as contas dos catadores e catadoras em 15 de junho. Ler o artigo completo (em inglês).
Catadores apresentam suas demandas para o Ministro da Saúde e do Bem-estar da Família, Karnataka (Índia) por Hasiru Dala (06/17/2015)
Há aproximadamente 20.000 catadores de materiais recicláveis e 10.000 sucateiros e atravessadores em Bangalore, na Índia. A partir do trabalho que esses profissionais realizam Bangalore recicla 1050 toneladas de lixo, o que representa para a cidade uma economia anual de aproximadamente US$ 12,6 milhões em coleta e transporte de lixo. Estes trabalhadores da economia informal estão entre o segmento mais vulnerável da população indiana. Estudos atestam que um número significativo de catadores são mulheres pertencentes a populações marginalizadas. Jovens, analfabetos e pessoas econômica e socialmente desprovidas também correspondem a uma parcela considerável dos catadores. Além dos catadores tradicionais, uma parte significativa da população de imigrantes da cidade também trabalha com o lixo. O acesso dos catadoes de Bangalore a comida, água, saneamento, moradia e saúde é inadequado, mas a situação é ainda mais grave para catadores imigrantes que residem em assentamentos temporários. As condições de trabalho dos catadores são deploráveis. O uso de equipamento de segurança não é uma prioridade para pessoas que trabalham com o lixo na economia formal, mas na economia informal não há sequer a opção de usá-los. Munidos unicamente de sapatos velhos, roupas recolhidas no lixo e uma vareta para vasculhar o lixo, catadores ficam diariamente sujeitos a cortes e queimaduras que com o passar do tempo podem se transformar em lesões graves. A melhoria da segurança alimentar e da saúde é uma necessidade urgente para que os catadores possam continuar seu trabalho em Bangalore. Acesse a íntegra do artigo (em inglês) com as reinvidicações apresentadas ao Ministro da Saúde e do Bem-estar da Família da Índia.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, os catadores e catadoras de Déli mandam seu recado (Índia) por Safai Sena/Chintan (06/03/2015)
No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Safai Sena, uma organização registrada de catadores e catadoras de Déli, apresentou um memorando ao Primeiro-Ministro, o Sr. Arvind Kejriwal. O memorando teve o objetivo de listar as demandas dos catadores e catadoras de Déli e protestar contra a decisão do governo a favor da tecnologia de conversão de lixo em energia para a gestão de resíduos, em vez da reciclagem – que é ecológica e praticada por cerca de 1,5 milhão de trabalhadores do setor informal de resíduos para manter Déli limpa. Essa decisão causará o desemprego dos comerciantes de resíduos de pequeno porte. O evento teve início às 9h, com mais de 500 catadores e catadoras e outros trabalhadores do setor vindos de diferentes lugares de Déli. Eles se reuniram no portão 2 da estação de metrô Vidhan Sabha. Eles caminharam rumo à residência do Primeiro-Ministro e registraram seu protesto por meio de cantos, faixas, placas e tambores. Na residência do Primeiro-Ministro, os catadores e catadoras enviaram o memorando para o mesmo. Shri Arvind Kejriwal prometeu analisar suas demandas por acesso ao lixo através da coleta de porta em porta, e se comprometeu a se reunir com eles em um mês com um plano de ação completo.
América Latina
Acordo de solidariedade entre catadores e porteiros e zeladores (Argentina) por Federación Argentina de Cartoneros (FACYR) (10/04/2015)
O Sindicato dos Porteiros e Zeladores (SUTERH, em espanhol) e os representantes de Buenos Aires da Federação Argentina dos Catadores de Materiais Recicláveis (FACyR-CTEP, em espanhol) firmaram um acordo de solidariedade para uma cidade mais limpa e saudável com trabalho formal e decente. Em outubro do ano passado foi realizada a 3a reunião com mais de 200 representantes de ambas as partes. Durante o evento houve troca de experiências e visita a planta de reciclagem para demonstração dos detalhes do processo de classificação realizado pelos catadores. O objetivo do acordo é viabilizar o trabalho conjunto de catadores e porteiros e zeladores no gerenciamento de resíduos sólidos a fim de proteger o meio ambiente. Alguns dos principais pontos destacados por delegados durante a reunião foram a formalização e inclusão no mercado de trabalho com acesso a direitos e garantias, trabalho decente, boas condições de trabalho, treinamento, recreação, aposentadoria e sindicalização. O acordo é composto de quatro frentes principais de trabalho: conscientização; segregação do lixo na fonte geradora; participação ativa dos catadores; pressão política pelo estabelecimento de quotas e preços mínimos de comercialização de recicláveis para evitar que tais materiais acabem sendo destinados para aterros. Clique aqui para ler o artigo na íntegra (em espanhol).
Federação de Catadores de Materiais Recicláveis participa da Reunião Mundial de Movimentos Populares (Bolívia) por FACyR (07/09/2015)
Em 09 de julho de 2015 foi realizada a segunda Reunião dos Movimentos Populares no Conselho Municipal de Santa Rosita, no município de Santa Cruz, na Bolívia. O evento contou com a presença de milhares de delegados e lideranças de movimentos populares vindos de mais de 40 países e tratou de temas como emprego, moradia, terra, exclusão e mobilização. Esteban Castro, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores da Economia Popular da Argentina (CTEP, em espanhol), discursou no painel intitulado “Da exclusão a organização dos trabalhadores em movimentos sociais de base”. Em sua fala, Esteban salientou que “para nós da CTEP, os planos de desenvolvimento capitalista deixam vários trabalhadores desempregados e nos deixa com a tarefa de criar postos de trabalho para essas pessoas. Nós precisamos de um sindicato que reuna esses indivíduos que não retornarão ao sistema que os expulsou.”. E concluiu: “A mensagem que hoje enviamos para as grandes corporações é: vão para o inferno! Nós não precisamos de vocês! Nós, como trabalhadores, sabemos como nos organizar para produzir e comercializar, e somos dignos, a Bolívia nos mostrou que os trabalhadores têm dignidade! Aí está Evo Morales! Aí está, os trabalhadores têm dignidade!”. Clique aqui para ler a íntegra do artigo (em espanhol).
Série Retratos do Coração da Reciclagem (Brasil) por Sonia Dias, WIEGO (10/19/2015)
A série Retratos do Coração da Reciclagem coordenada pela especialista da WIEGO Sonia Dias pretende retratar desafios enfrentados por catadores através de breves relatos (textos e/ou breves vídeos) das lutas e conquistas de grupos de catadores em diversas partes do mundo. Mas também pretende retratar projetos de cooperação, parceria e integração em cidades que se esforçam em promover a inclusão. A série não pretende aprofundar, mas sim registrar questões, desafios e experiências que, posteriormente, possam ser objeto de estudos de caso e pesquisas.
Encontro de Mulheres Catadoras promove troca de experiências com outros movimentos sociais (Brasil) por mncr.org.br (09/29/2015)
A cidade de Osasco sedia entre os dias 25 e 26 de setembro o 1º Encontro Estadual de Mulheres Catadoras de Materiais Recicláveis que reúne cerca de 400 trabalhadoras de 70 cidades do Estado de São Paulo. O evento tem o objetivo de trocar experiências profissionais e aprendizado sobre direitos e protagonismo feminino a frente de empreendimentos solidários como cooperativas e associações. Foram convidadas para atividades de grupo militantes de outros movimentos sociais, entre os quais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Coletivo Impulsionador da Marcha das Mulheres Negras, Rede de Economia Solidária, Wiego, entre outros. As catadoras também realizaram oficinas sobre diversidade sexual, genocídio da população negra, divisão do trabalho nas cooperativas, além de oficinas para homens sobre gênero. Saúde, violência doméstica, educação e economia solidária também serão temas presentes nesse primeiro Encontro. Reconhecimento profissional é um dos temas abordados nos debates de rodas de discussão, nas quais as catadoras compartilham experiências de contratação bem sucedidas em seus municípios com suas outras trabalhadoras que ainda não tiveram experiência de contratos ou estão em processo de organização da cooperativa local. No sábado as trabalhadoras realizaram uma manifestação púbica pelas ruas de Osasco com objetivo de sensibilizar a população e dar visibilidade aos avanços e reivindicações da categoria, além de chamar atenção para a necessidade de igualdade de diretos entre homens e mulheres. Leia o artigo completo com a Carta Aberta do Primeiro Encontro Estadual de Mulheres Catadoras.
Meio ambiente e Lixão, uma íntima ligação! (Brasil) por Alex Cardoso, MNCR (06/30/2015)
Os continentes Africano, Latino Americano e Asiático, que outrora foram devastados pelas guerras, saques e ocupações agora são devastados pelos milhares de lixões que destroem e eliminam qualquer chance deste nosso Planeta em sobreviver ao veloz desgaste causada exclusivamente pelo ser supremo e pensante chamado de Humano. Grandes emissores de CO² na atmosfera, os lixões são comuns nestes continentes, que além de receberem detritos produzidos localmente, são destino também de resíduos globais dos continentes Europeu e Norte-americano que são os maiores responsáveis pela vasta destruição do planeta. Somos um povo movido por ganancia e riqueza, que são garantidas através de exploração do trabalho e da natureza, sabemos também tudo depende da geração de energia. A energia esta baseada também na destruição do planeta, tanto na captação, como na transformação e distribuição, concentrada em sua maioria nos combustíveis fosseis, os quais dão origem a esse grande problema ambiental, a geração de resíduos. É muito importante destacar que os atuais resíduos, são parte da natureza e não apenas um câncer dela, desde que estejam dentro de um processo sustentável da cadeia produtiva chamado de reciclagem. No entanto, toda ou quase toda a ação efetiva que temos hoje na reciclagem é garantida pela ação de um exército de mais de 15 milhões de Catadoras e Catadores de materiais recicláveis no planeta ou mais de 4 milhões somente na América Latina, segundo dados do Banco Mundial. Esta cadeia produtiva é suja, pois é baseada na exploração do trabalho, em níveis desumanos, das catadoras e catadores de materiais recicláveis que fazem com que a categoria não consiga evoluir, tanto socialmente como economicamente. É preciso haver uma mudança. Leia o artigo completo.
Nota de repúdio sobre violência misógina (Brasil) por MNCR (07/02/2015)
É com muito pesar que nós catadoras, trabalhadoras, mães e chefes de família, nos deparamos com a intolerância e falta de valores políticos democráticos retratados em adesivos de carros, que demonstram um país machista, violando a figura não só da Presidente da República Federativa do Brasil, mas muito mais, da mulher que venceu as eleições de forma legítima e representa, queiram ou os opositores, o Brasil. Não se trata de debate político, mas sim de gênero, de atos lesivos aos direitos e garantias das mulheres. Jamais na história desse país, por maiores as atrocidades cometidas pelos chefes do poder executivo, a honra e a imagem de um presidente foi denegrida, com argumentos sexistas e covardes como os que estão sendo dirigidos a Presidente Dilma Rousseff, personagem importante na reconquista da democracia do país, na qualidade de militante pela liberdade. É por isso, por não admitir violência de qualquer natureza ou debate político sexista, machista ou covarde que tornamos público o nosso REPÚDIO às imagens que vem sendo divulgadas em veículos particulares pelo país. Leia a nota completa.
Encontro Mundial discute luta e direito ao planeta saudável e justo (Brasil) por MNCR (07/10/2015)
Iniciou na manhã dia 07 de julho, em Santa Cruz, Bolívia, o encontro mundial dos movimentos populares, que conta com delegados de milhares dos movimentos populares do mundo desde organizações do campo e da cidade. A manhã se iniciou com uma mistica que retratava o controle das multinacionais sobre os recursos naturais, terra, água, ar e fogo, onde colocam seus meios de produção que objetivam apenas o lucro, a destruição e o controle, a mercantilização de tudo em função única do lucro, enquanto milhares de pessoas, sendo a maior parte trabalhadoras e trabalhadores vivem com as sobras do capitalismo. A encenação lembrou que movimentos populares se organizam e com muita luta rompem esta forma de controle, propondo novos modelos baseados na defesa da natureza e a inclusão das pessoas garantindo a dignidade humana…Foi debatido ainda exemplos de resistência e luta, garantidas desde o protagonismo das mulheres camponesas que vem ao longo dos anos organizando a resistência e semeando alimentos saudáveis contrapondo o modelo das multinacionais. Para Alex Cardoso, catador delegado do MNCR presente no encontro, é importante os movimentos sociais estarem unidos em torno de todas as causas, principalmente as ambientais e sociais. “Enquanto catadoras e catadores não lutamos somente pela reciclagem, mas sim pelo avanço do nosso povo, organizando desde as cooperativas, bases de economia solidária o poder popular”, declarou. Leia o artigo completo.
Prefeitura desprivatiza coleta seletiva e contrata cooperativa com catadores do lixão (Brasil) por MNCR (05/05/2015)
África
Rumo a forte organização de catadores e catadoras em Serra Leoa (Serra Leoa) por Chris Bonner (WIEGO) (07/16/2015)
Aaron A Boima é um comerciante informal de Freetown e Secretário-Geral do Sindicato de Comerciantes de Serra Leoa (SLeTU, em inglês). Além disso, ele também é o coordenador de oito sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras da economia informal afiliados à central sindical Congresso do Trabalho de Serra Leoa (SLLC, em inglês). Enquanto estava na Conferência Internacional do Trabalho, em junho de 2015, em Genebra, ele conversou com Chris Bonner, o Diretor de Programa de Organização e Representação da WIEGO, sobre a organização dos catadores de seu país: “Em 2014, comecei a organizar os catadores e catadoras de Freetown, a capital de Serra Leoa. Comecei com pouco: dez catadores de dois aterros participaram da primeira reunião. Depois, convoquei reuniões em quatro cidades, e ao final desse processo, 711 catadores e catadoras de quatro cidades estavam inscritos. 251 mulheres e 460 homens haviam participado das discussões sobre a situação e sobre o motivo pelo qual precisam se organizar. Eles tomaram a decisão de formar a Rede de Catadores e Catadoras de Serra Leoa (NEWAP-SL, em inglês). Contudo, a crise do vírus Ebola interrompeu as atividades da organização (…) Como Coordenador da Economia Informal do SLLC, quero negociar com o prefeito e a Assembléia Municipal para prestar assistência e/ou fornecer trabalhos alternativos para os catadores e catadoras afetados. Como Aaron, digo que “agora é a hora de retomar a iniciativa e construir uma organização sólida de catadores e catadoras em Serra Leoa que possa se unir aos outros oito sindicatos, para que sejam reconhecidos e lutem por seus direitos como uma afiliada do SLLC”. Além disso, também vejo a importância de compartilhar as informações com os outros catadores e catadoras da Áfria e de todo o mundo. Ler o artigo completo (em inglês).
Pietermaritzburg falha em iniciativa para ter empregos sustentáveis (África do Sul) por Musa Chamane, GroundWork (07/02/2015)
15 catadores e catadoras paralisaram uma reunião municipal de gestão de resíduos por uma hora na última quinta-feira no estádio Harry Gwala. Aberta a todos os residentes do município de uMgungundlovu, a prefeitura declarou que apenas poderia acomodar dois catadores/catadoras, em vez de 15. Representando 300 catadores e catadoras do atero de New England Road, os 15 catadores não cederam enquanto suas preocupações fossem ouvidas, novamente. Eles estavam aguardando há quase três anos pelo progresso na construção de uma unidade de reciclagem de materiais. Em 2011, o Departamento de Governança Cooperativa e Assuntos Tradicionais alocou R21 milhões para a prefeitura de uMgungundlovu, sob a condição de que construíssem a instalação dentro de um ano – sob pena do cancelamento do financiamento. A importância da instalação para as prefeituras é a criação de empregos e mais espaço nos aterros para itens não recicláveis. Para os catadores e catadoras, a manutenção de seu meio de subsistência sustentável, melhores condições de trabalho no aterro e o potencial de reciclar mais e ganhar mais. Em março, o Prefeito distrital, Yusuuf Bhamje, e o Gestão Municipal, Sbusiso Khuzwayo, passaram o projeto para a Prefeitura Local de Msunduzi, citando desafios institucionais entre as duas prefeituras. Esses desafios não foram explicados por completo. Acompanhamentos posteriores com a Prefeitura de Msunduzi levaram algumas autoridades municipais a negar o compromisso assumido na reunião, o que levou os catadores e catadoras de volta à estaca zero, já que as prefeituras ficam passando o problema de um lado para o outro. Ler o artigo completo.
Entrevista com Thulisiwe Khumalo, catadora e líder (África do Sul) por Vanessa Pillay, WIEGO ORP Consultant (06/23/2015)
Thulisiwe começou a trabalhar em um aterro para a Wetlad Recycling – uma empresa cujo dono é um homem branco – há cinco anos. Em 2013, após três anos de salários irregulares, ela decidiu sair da empresa e trabalhar por conta própria em outro aterro. Logo depois, dez catadoras juntaram-se e tentaram formar uma cooperativa, mas seu pedido foi rejeitado pela prefeitura, com o motivo alegado pelas autoridades sendo que elas eram “muito velhas”. O grupo continuou e elas conseguiram se registrar em abril de 2015 como uma cooperativa de 8 mulheres e 2 homens chamada de Enhlosweni Coop (em isiZulu, “Enhlosweni” significa “local de intenções/esperança/metas”). O grupo de mulheres teve de implorar a dois homens que se juntassem a elas, já que elas sentiam que não conseguiam a aprovação do governo local e que não estavam sendo levadas a sério por serem mulheres. No entanto, explica Thulisiwe, agora que os homens uniram-se a elas, eles parecem trabalhar muito bem juntos e compartilham a responsabilidade pelo sucesso da cooperativa. Thulisiwe exibe fortes valores de coletivismo enquanto explica como a cooperativa se formou e como concordaram em trabalhar juntos, apesar de seus desafios iniciais para conseguir o registro. A cooperativa recebeu treinamentos de diferentes departamentos do governo durante sua formação e Thulisiwe reconheceu que esses treinamentos foram os responsáveis pelos fortes valores de coletivismo sobre os quais a cooperativa foi criada. Embora a prefeitura forneça instalações básicas de ablução no aterro em que ela e seus colegas trabalham, eles ainda não têm um abrigo adequado onde podem trabalhar e um espaço de armazenamento seguro para seus materiais recicláveis. Ler o artigo completo (em inglês).
Em workshop na Cidade do Cabo, catadoras discutem estratégias para obterem reconhecimento (África do Sul) por Vanessa Pillay, WIEGO ORP Consultant (06/30/2015)
Nos dias 26 e 27 de maio de 2015, 30 catadoras se reuniram na Casa Comunitária em Salt River, na Cidade do Cabo. Elas se encontraram em um workshop facilitado pela WIEGO, em parceria com o International Labour Research and Information Group (Grupo Internacional de Pesquisas e Informações do Trabalho, em português, tradução livre) para falar sobre os desafios que elas enfrentam como catadoras em suas residências, locais de trabalho e organizações, além de investigar o que precisa mudar. Dez das mulheres viajaram de cidades grandes e pequenas fora da Cidade do Cabo, sendo que a maioria jamais havia voado ou saído da Cidade do Cabo antes. Essas mulheres fazem parte da SAWPA (Associação de Catadores e Catadoras da África do Sul, tradução livre) – uma associação nacional – e a organização local da Cidade do Cabo: Siyacoca (que significa “Estamos limpando” em ixiXhosa). Enquanto compartilhavam suas experiências em exercícios de mapeamento social interativo, elas destacaram os desafios que desejam enfrentar, como o desrespeito de vizinhos e parentes, assédio sexual, estupros, ter de trabalhar com os filhos em condições inseguros (porque não conseguem pagar para que cuidem delas) e discriminação de gênero por parte das autoridades locais. Algumas das idéias propostas por elas incluíram a formação de cooperativas de trabalhadoras, empoderar as mulheres para que lutem contra o assédio, a luta pelo reconhecimento e o acesso a benefícios como a licença-maternidade. Um destaque do workshop foi assistir uma mensagem gravada para o grupo por Madalena Duarte, uma catadoras de uma cooperativa brasileira. As mulheres perceberam que embora vivam em continentes diferentes, sua situação é bastante semelhante. Foram planejadas atividades posteriores para que esse trabalho tenha continuidade. Acessar o artigo completo (em inglês).
Europa
O Mercado Social Inclusivo e Sustentável de Biffins (França) por Asso Amelior (09/09/2015)
América do Norte
Reciclagem Segura e Sustentável: protegendo os Trabalhadores que Protegem o Planeta (Estados Unidos da América) por GAIA (06/23/2015)
A reciclagem é a coisa certa a fazer, mas precisamos torná-la segura para os trabalhadores do setor. Reciclar é uma abordagem essencial para redução de resíduos e das mudanças climáticas, sendo praticada nos EUA com enormes benefícios ambientais e econômicos. No entanto, um novo relatório demonstrou que o trabalho de triagem e reciclagem pode ser desnessariamente perigoso para a saúde e a segurança dos trabalhadores. 17 trabalhadores do setor de reciclagem morreram em acidentes de trabalho entre 2011 e 2013, e a probabilidade deles se ferirem no trabalho é mais do que o dobro da média americana. Esses altos índices de lesões e mortes são o resultado de condições de trabalhos insalubres, incluindo exposição a itens perigosos na linha de triagem, como agulhas hipodérmicas, produtos químicos e animais mortos, além do trabalho próximo a máquinas pesadas. Ao garantir o cumprimento das regras de saúde e segurança em todo o setor, os municípios podem proteger que protegem o planeta. Ler o relatório completo.
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